terça-feira, 1 de junho de 2010

30/5 - Trapalhada no aeroporto

30/05
Aeroporto OR Tambo, Johanesburgo, 15:30h
tempo: frio, nublado
bicicleta: 0km

Estou numa lanchonete, tomando um milkshake. O garçom me ofereceu uma mesa perto da tomada para eu poder usar o netbook... mas estou na bateria, pois o plug aqui é completamente diferente de todos os que já vi antes na vida.
Meu embarque para a Cidade do Cabo é daqui a 1 hora.


Confusão no embarque (ontem)
Parece que tenho mesmo alguma “uruca” que atrai confusões na hora de embarcar em um avião.
Minha bagagem é composta por 4 volumes: uma mochila grande, de trilheiro; uma sacola com a bicicleta (ambas para serem despachadas); uma mochila menor e uma pochete, para levar comigo na cabine do avião.
Cheguei um pouco atrasado a Cumbica (pouco mais de 2h para o embarque). Na meia hora que fiquei na fila, com ajuda da minha irmã Ana, tentei reduzir o peso da mochila pequena. O item mais pesado dela era a pasta de plástico com 12 divisórias, em que levo documentos e material “de traballho” – informações turísticas e planos de viagem. Decidi passar a pasta para a mochilona, tirando apenas alguns documentos que considerei os mais importantes: o comprovante dos ingressos da FIFA e o seguro de saúde. Temia que a mochilona fosse violada – a imprensa tem divulgado diversas notícias nesse sentido – e que tirassem a pasta de lá.
Faltando apenas umas 3 pessoas na minha frente para serem atendidas, incentivado pela Ana, decidi embalar e lacrar a mochilona com um plástico de segurança – ela disse que pagava. Por sorte, não havia ninguém na fila da máquina para embalar – custou R$30,00. Quando voltei para a fila, já estava na minha vez de ser atendido.
Mal comecei os procedimentos de “check-in”, e o atendente me pediu o passaporte e o atestado de vacina contra a febre amarela. O passaporte já estava na minha mão, mas o atestado... estava na pasta de plástico, dentro da mochilona embalada e lacrada (e já na esteira para seguir para o avião...)
Com a ajuda da Ana, rompemos o lacre, pegamos a pasta de dentro da mochilona, e lá peguei o atestado. Aí, pintou a dúvida: reembalar a mochilona??? Consultei o atendente, e ele disse que poderia esperar uns 5 minutos.
Fui correndo no embalador... mas agora havia uma fila de umas 4 ou 5 pessoas. Pedi para uma operadora auxiliar se poderia recolocar um pouco de plástico apenas na parte que rompemos para abrir a mochila... ela hesitou, mas uma providencial fitinha verde-amarela logo a fez concorda que isso era possível, sem ter que pagar nada. Mas, como a fila estava grande, deveríamos ir a outra máquina embaladora, ali perto, que estaria mais tranqüila.
De fato, não havia ninguém aguardando por esta outra máquina... mas sua operadora disse que só faria o serviço de graça se o operador que embalara a minha autorizasse... e lá foi ela buscar a autorização do operador.
Só que se passaram mais do que os 5 minutos sem que ela voltasse! Eu fiquei ali esperando, com a ajudante já com a fitinha em seu pulso, até que a Ana apareceu, dizendo que não havia mais tempo: eu teria que fazer o check-in de qualquer jeito. Na confusão, a ajudante da fitinha ainda tentou dizer que faria a embalagem ela mesmo, mas a Ana, nervosa, deu uma baita bronca nela pela demora!
O atendente do check-in ainda tentou tapar um pouco o rombo no plástico, com durex... mas ficou bem precário. Resumindo: despachei uma mochila parcialmente embalada com o plástico protetor, que não impedia sua violação!
E acabei chegando ao portão de embarque em cima da hora!

Keven (a noite passada)
No avião, sentei-me ao lado de um chinês, vendedor de equipamentos hospitalares, que passou 5 dias no Brasil, e retornava para Hong-Kong, com uma escala em Johanesburgo. Puxei conversa com ele... e lá se foi mais uma fitinha! Keven é fanático por futebol... sabe muito de futebol internacional, e conhece alguns times do Brasil – especialmente o Corinthians, por causa do Ronaldo e do Roberto Carlos. Ele contou que quase foi a um jogo do Timão... o brasileiro que o levaria acabou “dando o cano”, pois alegou que estava muito cansado para ir ao jogo.
Para ele, o Brasil é o favorito. Ele vai torcer para nós, mas, se não ganhar o Brasil, ele gostaria que ganhasse algum país que nunca ganhou (Espanha ou Holanda, principalmente).
Ele me deu seu cartão, e me pediu que lhe enviasse fotos da Copa. E, no desembarque, ao nos despedirmos, fez questão de tirar uma foto ao meu lado.

Invictus (a noite passada)
Ao longo desta última semana, tentei em várias vídeo-locadoras alugar o filme “Invictus”, que conta a épica história do time de rúgbi da África do Sul que ganhou, em casa, sob a presidência de Nelson Mandela, a Copa do Mundo do esporte (em 1995). Na 2001, a informação é que esse filme só será lançado em DVD no mês que vem. Já na locadora perto de casa, as 8 cópias estavam todas emprestadas.
Anteontem, aos 45 minutos do segundo tempo, achei um Invictus pirata, na rua, por R$5,00. Comprei-o para vê-lo antes de vir... mas meu aparelho não conseguiu ler o disco pirata... Não estou acostumado a comprar DVDs piratas... será que isso é comum?
Mas... surpresa: “Invictus” era a segunda opção do menu de filmes disponíveis durante o voo (pela primeira vez viajei num avião com projeção individual de filmes)!
Grande interpretação de Morgan Freeman!!!

Dinheiro de plástico... (das 12h às 14h)
Felizmente, ao chegar a Johanesburgo, encontrei minha bagagem aparentemente sem problemas. Já fiz um novo check-in para a Cidade do Cabo, e fui dar uma volta no aeroporto... tenho uma espera de 10horas para o novo embarque.
Aproveitei para tentar pegar dinheiro cash. Tenho comigo 1000 rands, o equivalente a uns R$250,00, que me foram emprestados por meu amigo Soummo. É a primeira vez que viajo sem trazer dólares nem cheques de viagens... praticamente, só trago dinheiro de plástico (1 cartão de crédito VISA, um cartão de crédito MasterCard, e um cartão de débito internacional, do Itaú).
Tentei sacar dinheiro de uma máquina ATM da rede Cirrus... e “engasguei” na hora de fornecer a senha! Eu tenho 3 senhas nesse cartão: uma com 4 dígitos, uma com 6 dígitos e outra com 8 dígitos. Nunca sei direito em que situação devo usar cada senha... mas, em geral, é possível descobrir o número de algarismos a serem fornecidos. Mas a máquina do aeroporto não tinha nenhuma indicação sobre o número de algarismos que ela espera que sejam digitados.
Além disso, na hora do saque, a máquina me pediu que escolhesse entre as seguintes opções: cheque, cartão de crédito ou poupança. As máquinas no Brasil apresentam a opção “conta-corrente”... mas esta não tinha essa opção!
Fiz umas 4 tentativas, alterando opções e senhas... todas sem sucesso. Fui então pedir ajuda a uma funcionária de um banco – as agências bancárias do aeroporto abrem aos domingos! – que me explicou que meu cartão poderia ter ficado retido pela máquina!!! Ela me indicou um posto no aeroporto, onde, finalmente, consegui sacar uns R$500,00 (pagando 7% de taxa!)
Mas ainda não sei se sou capaz de sacar dinheiro na máquina...

3 comentários:

  1. Miranda,

    Pirataria é crime! Lei 10.695 de 01/07/2003!!!

    Sobre sacar $$: seu cartão de débito deve ter o Visa travel Money, não? Saque $ somente com ele (o custo por saque é fixo e menor do que no Credito).

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  2. Meu cartão de débito é da rede Cirrus.
    Minhas dúvidas:
    - qual é a senha (isto é, quantos dígitos ela tem)?
    - qual é a opção para o saque: "credit", "cheque" ou "savings"?

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