terça-feira, 6 de julho de 2010

29/6 - A bicicleta também vai!

casa do Soummo, Sandton, Johanesburgo, 23h00
tempo: nublado, agora frio
bicicleta: km345, pneus furados: 2
fitinhas (número estimado e acumulado): 240
jogos presenciados no estádio: 9

Paraguai 0(5)x(4)0 Japão
Espanha 1x0 Portugal

Decidi: vou tentar levar a bicicleta a Port Elizabeth. Por isso, fui comprar minha passagem de ônibus – são mais de mil quilômetros de viagem, daqui de Johanesburgo. Pensei em ir de avião, mas diversos motivos me fizeram mudar de idéia: o preço, a dificuldade de conseguir passagem – os voos estão lotados – e a dificuldade de levar a bicicleta – teria que desmontá-la.



Passeio no Ibira
De fato, são muito raros os ciclistas em Johanesburgo – por isso, eu já devo ser considerado meio excêntrico pela maioria das pessoas que me vê pedalando por aqui. Mas, comparado com este maluco que encontrei, acho que sou bem “normal”. Inspirado na Copa, o Nathanian colocou, em sua bicicleta – que usa todos os dias – umas 20 bandeiras da África do Sul! O atrito com o ar deve fazer uma bela resistência... mas ele, aparentemente, não está nem aí para esse excesso de esforço!
Marcamos um passeio ciclístico no parque do Ibirapuera para daqui a 4 anos, durante a Copa!

Táxi em Johanesburgo
O que nós chamamos de “táxi” aí no Brasil, eles aqui chamam de “taxi-cab”, ou simplesmente “cab”. Não há taxímetro – eles multiplicam o número de quilômetros rodados por um valor tabelado, no qual houve um aumento de uns 30% antes do início da Copa. A maioria dos motoristas, porém, especialmente à noite, acerta o preço com os passageiros antes – e cobram bem mais!
O que eles chamam de “taxi” aqui, nós aí chamamos de “lotação”. Este é o principal meio de transporte dos trabalhadores. Há milhares de vans por aqui, oferecendo esse tipo de transporte – pois quase não há linhas de ônibus. Não há pontos – basta fazer um sinal, que o “taxi” pára. Se o motorista vê alguém se aproximando – por exemplo, em uma travessa da rua em que ele está circulando – ele pára, e espera pelo passageiro.
As vans não têm indicação do trajeto. Para indicar que vai ao centro, o motorista mostra “1” com o dedo indicador – o passageiro que está na calçada e quer ir ao centro também deve fazer o mesmo sinal, para fazer a van parar.
A passagem é paga no interior da van, diretamente ao motorista. Quem se senta nos bancos traseiros dá o dinheiro para o passageiro da frente, que o repassa à frente, e assim sucessivamente – o troco volta no sentido inverso. Os próprios passageiros facilitam o troco, fazendo-o, quando possível, antes do dinheiro chegar ao motorista.
Essas vans são utilizadas praticamente apenas por negros. Eu já as utilizei umas 6 vezes – e, até agora, não vi nenhum outro branco nelas!

Definidos os 8!
Coitado do Paraguai... Não vai ser nada fácil chegar à final, estando no mesmo lado da chave que tem a Argentina, a Alemanha e a Espanha. Já para nós... se passarmos pela Holanda, acho que teremos boas chances contra o vencedor de Uruguai e Gana – aliás, neste confronto, não sei para quem torcer!

Duelo ibérico
Fui ver Espanha x Portugal no telão de uma das sofisticadas praças do Melrose Arch. Estava certo de que a torcida portuguesa seria bem maior do que a espanhola... mas me enganei. A torcida lá estava bem dividida...

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