15/7 - O círculo da vida

casa do Soummo, Sandton, Johanesburgo , 23h30
tempo: sol, céu azul, agora agradável
bicicleta: km520, pneus furados: 2
fitinhas (número estimado e acumulado): 300
jogos presenciados no estádio: 10

Um dos filmes de que mais gostei, e que mais me marcou, é ambientado aqui no continente africano: o desenho animado “O Rei Leão”, dos estúdios da Disney.
No passeio ciclístico que fiz em Soweto, passei em frente à casa em que morou Solomon Linda, que, em 1939, compôs a música “Mbube” (“Leão”, em Zulu). Essa música teve, depois, várias regravações, tendo feito muito sucesso nos anos 60, com letra em inglês e o título “The lion sleeps tonight”. E, em 1994, foi incluída na trilha sonora de “O Rei Leão”.
O filme mostra belas paisagens africanas, tem lindas canções (compostas por Elton John)... mas o que mais me comove nele é o seu tema: “o círculo da vida”!
Estou testemunhando um momento bem marcante no círculo da vida das Copas do Mundo: enquanto, por aqui, estão sendo removidas marcas da Copa que terminou (placas nas ruas, propagandas, espaços promocionais, decorações das vitrines das lojas, “FanFests”), certamente no Brasil começam a se intensificar os preparativos para a Copa de 2014.
Por coincidência, hoje, 15/7, é também um dia muito especial neste círculo da vida.
É um dia para lembrar de alguém que, há 2 anos, partiu...
É um dia para festejar alguém que, há 1 ano, chegou...

FELIZ ANIVERSÁRIO, SAYLI!!!

Sayli, a sobrinha do Soummo, que hoje faz 1 ano!!!

14/7 - Balanço dos desafios – última chance!

casa do Soummo, Sandton, Johanesburgo, 20h30
tempo: sol, céu azul, agora frio
bicicleta: km525, pneus furados: 2
fitinhas (número estimado e acumulado): 300
jogos presenciados no estádio: 10

Aqui vão os desafios propostos nos dias anteriores, com suas respostas e seus ganhadores.
Ainda não foram respondidos os desafios 7, 8, 10 e 11!!!
Última chance para ganhar um prêmio do Zakumi!!!

1º. desafio
Aqui vai um interessante “quiz” que ouvi no rádio: entre as bandeiras dos 32 países que participarão da Copa, apenas duas têm 6 cores (branco, preto, vermelho, verde, amarelo e azul) - uma é a da África do Sul. Qual é a outra?
RESPOSTA Portugal, Espanha, México
VENCEDORES Mauro Saraiva, Guigo Leça, Ticá Almeida

2º. desafio
C___ das T__________ (B_________ D___, 1488) ou
C___ da B__ E___________ (V____ da G___, 1498)
Fiz o Curso Primário numa pequena escola na Al.Santos, em São Paulo, que já não existe mais. Cada classe tinha no máximo 12 alunos. Dona Heloísa, nossa professora, a cada semana levava para sua casa nossos cadernos de Cartografia, e desenhava neles os mapas que seriam utilizados nas aulas de História ou Geografia daquela semana. Ela escrevia as iniciais de nomes de lugares, e deixava um espaço para completarmos esses nomes durante a aula. Lembro bem do mapa da aula sobre as grandes navegações – bem no sul da África, ela escreveu o que está aí em cima. Foi lá que estive hoje, num passeio ciclístico de mais de 70km!
Complete corretamente os espaços em branco!
RESPOSTA abo ormentas artolomeu ias abo oa sperança asco ama
VENCEDOR Guigo Leça

3º. desafio
O bairro de Soweto é muito famoso pela sua alta concentração de negros e pela resistência ao Apartheid. Já foi uma grande favela – hoje, está urbanizado, embora ainda abrigue uma grande população de classe baixa.
Fui ver no mapa em que região de Johanesburgo fica Soweto... Mas, se eu soubesse a razão do nome “Soweto”, eu já saberia onde o bairro fica! Por quê???
RESPOSTA Pesquisei num blog (Eduardo Marini) e encontrei o seguinte: o termo soweto é uma união das primeiras sílabas das tres palavras da expressão south west townships.Em ingles significa algo como areas urbanas do sudoeste.. acredito que vc teria condições de perceber isso de longe.... é isso?
VENCEDOR Barbara A.Costa

4º. desafio
Irei amanhã ver Holanda e Dinamarca – um jogo que estou chamando de “Duelo das Loirinhas” – espero conseguir encontrar alguma que aceite passear na garupa da minha bicicleta!
Mas esse jogo também poderia ser chamado de “Duelo palíndromo”! Por quê???
(duvido que alguém ache essa resposta na Wikipedia!)
RESPOSTA Na tabela da FIFA e na TV aqui da África do Sul, o jogo Holanda e Dinamarca aparece como "NED x DEN" (Nederland x Denmark), que é um palídromo (pode ser igualmente lido de trás para a frente!).
VENCEDOR Chico Scagliusi

5º. desafio
18 ou 19??? só para menores de 18 (ou 19???) anos
Esta é a 19ª. Copa do Mundo. Até hoje, nunca aconteceu de um país anfitrião ser desclassificado ainda na primeira fase. A África do Sul corre o sério risco de quebrar essa tradição.
Só que, se a África do Sul for mesmo desclassificada agora, terão ocorrido, ha história das 19 Copas, 19 classificações de países anfitriões na primeira fase!!! Como isso é possível???
RESPOSTA a resposta do quinto desafio é que em 2002, a copa foi sediada tento no Japão quanto na Coréia do Sul, o que faz com que haja em todas as 18 copas que já existiram e acabaram 19 países anfitriões classificados na primeira fase.
VENCEDOR Guigo Leça

6º. desafio
Na vitória da Alemanha contra a Austrália por 4x0, os dois primeiros gols foram marcados pelos atacantes Podolski e Klose. Mas, na derrota contra a Sérvia, os dois heróis se tornaram vilões: Klose foi expulso ainda no primeiro tempo, e Podolski desperdiçou um pênalti no segundo tempo. Por coincidência, esses dois jogadores têm ainda algo em comum, que os diferencia de seus demais companheiros... O que é?
RESPOSTA Tanto Podolski quanto Klose não são alemães natos. Nasceram na Polônia. Aliás, outros jogadores da seleção alemã também são naturalizados, entres eles o Cacau - que nasceu no Brasil.
VENCEDOR Celso Renato

7º. desafio
Considero este desafio bem difícil.
A suspensão de Cahill impediu que o jogo Gana x Austrália apresentasse uma curiosidade em relação aos atacantes e principais jogadores dos dois times: Cahill e Gyan – duvido que isso tenha acontecido em qualquer jogo da história do futebol! Qual é essa curiosidade?
Dica: Veja essa questão pelo outro lado... Isto é, pelas costas...
SEM RESPOSTA... AINDA NÃO HÁ VENCEDOR...

8º. desafio
(só para menores de 18 anos)
O que une Polokwane a São Paulo???
(a pergunta é curta e grossa – a resposta é longa e fina!)
SEM RESPOSTA... AINDA NÃO HÁ VENCEDOR...

9º. desafio
acho que este é fácil!
O Roberto Justus apresenta um programa no SBT que, se não me engano, se chama “1 contra 100”.
Por que o jogo Gana x Estados Unidos poderia ter sido chamado de “1 contra 50”???
RESPOSTA Gana x EUA: 1 estrela x 50 estrelas na bandeira
VENCEDOR Chico Scagliusi

10º. desafio
Hoje conheci, na rua, um simpático moçambicano cujo nome (segundo ele, não tão raro em Moçambique) é bem curioso: tem... 26 letras!
Como ele se chama???
Sua resposta: __ __ __ __ __ __ __ __
SEM RESPOSTA... AINDA NÃO HÁ VENCEDOR...

11º. desafio
Em seu blog, o jornalista Juca Kfouri chamou os uruguaios de “orientais” – e, ante a surpresa de um leitor, teve que explicar que os uruguaios são assim chamados porque o nome oficial do país é “República Oriental del Uruguay”. O que o Juca não explicou foi a razão desse nome... Esse é o desafio: explicar a razão do nome do melhor país sul-americano da Copa de 2010 (que, antes, já se chamou “Banda Oriental del Uruguay”).
SEM RESPOSTA... AINDA NÃO HÁ VENCEDOR...

12º. desafio
O estádio SoccerCity tem, aqui na África do Sul, o apelido de “Calabash”. Por quê?
RESPOSTA o estádio é chamado de Calabash pois, em inglês, isso significa o nome de uma fruta que, quando seca, pode servir de pote, moringa e etc.
assim queRespostase dizer que o estádio tem o formato de um pote
VENCEDOR Guigo Leça

13/7 - Preguiça

casa do Soummo, Sandton, Johanesburgo, 23h30
tempo: sol, céu azul, agora frio
bicicleta: km525, pneus furados: 2
fitinhas (número estimado e acumulado): 300
jogos presenciados no estádio: 10

Para fugir dos altos preços, comprei a passagem com a volta para São Paulo marcada para o dia 26, a partir da Cidade do Cabo, com uma escala aqui em Johanesburgo. Neste período pós-Copa, pensei em fazer uns passeios por aqui – talvez até o Parque Kruger, ou a algum país vizinho (Moçambique, Zimbábwe...).
Mas confesso que, agora, estou meio “preguiçoso”... deve ter baixado meu nível de “adrenalina”, que me compelia a procurar novas aventuras. Até mesmo um passeio menos “radical”, até a praia, em Durban – que planejei para este começo de semana – acabei adiando para a semana que vem.
Além do fim da Copa, o principal motivo para isso é a agradável companhia do Soummo – embora trabalhando durante todo o dia, sempre o vejo de manhã e à noite – e o conforto das “mordomias” que tenho em sua casa.
Assim, resolvi ir até o aeroporto, ao balcão da South African, para solicitar o cancelamento do trecho Cabo >Johanesburgo. Dessa forma, não precisarei voltar à Cidade do Cabo – meu embarque para São Paulo será aqui mesmo, no dia 26 – daqui a 2 segundas-feiras.

Gautrein

A província em que se localiza Johanesburgo – a menor em área do país, mas a mais importante economicamente – se chama “Gauteng”, que significa “lugar do ouro”, e se pronuncia “Rauteng” – o “G” holandês tem som de “R”.
Antes mesmo de o país ser indicado para sediar a Copa de 2010, foi projetado o “Gautrain” – o trem de Gauteng – uma moderna linha ferroviária de quase 100km de extensão, interligando o aeroporto O.R. Tambo e os centros de Johanesburgo e de Pretória. Pretendia-se que o Gautrain já estivesse em operação plena para a Copa – no entanto, atrasos provocados pelas mais diversas razões fizeram com que, às vésperas do início dos jogos, apenas um trecho de uns 20km e 4 estações tivesse sido inaugurado. Pode-se notar que o restante da linha está em obras, mas sua inauguração só deve ocorrer no ano que vem.
Esse trecho já inaugurado liga a estação do centro do sofisticado bairro de Sandton – a cerca de 1km da casa do Soummo – ao aeroporto, passando pelas estações de Marlboro e Rhodesfield – dois bairros de classe média-baixa.
Para os turistas que se hospedaram nos luxuosos hotéis de Sandton, o Gautrein foi bem conveniente – para irem ou virem do aeroporto, em vez de gastarem uns 40min (com trânsito) e R$100,00, gastam agora menos de 20min e R$25,00.

Há, porém, um detalhe bem estranho no funcionamento do trem.
Cada composição tem 4 vagões. No embarque, na estação terminal de Sandton, os passageiros que se destinam ao aeroporto devem ocupar os 2 vagões da frente; os 2 vagões traseiros são para os que se destinam às estações intermediárias de Marlboro e Rhodesfield – isto porque, nestas estações, no trem que vai rumo ao aeroporto, as portas dos vagões da frente não se abrem! Já na estação terminal do aeroporto, são as portas dos vagões de trás que não abrem – estes vagões ficam, inclusive, fora da plataforma – que é mais curta no aeroporto!
Confuso, né?

Por causa desse estranho sistema, alguns fatos curiosos acontecem:
- Quem está em Marlboro ou em Rhodesfield, e quer ir ao aeroporto, tem que tomar o trem na direção de... Sandton! Nessa estação, tem que sair do vagão em que estiver (um dos traseiros), e ir para um dos vagões da frente, para só então seguir rumo ao aeroporto, passando, novamente, pela sua estação de embarque! De Rhodesfield até o aeroporto, a pé, gasta-se cerca de 10min – de trem, quase meia hora!
- Da mesma forma, que embarca no aeroporto e quer ir a Marlboro ou a Rhodesfield tem que, obrigatoriamente, ir até Sandton (depois de passar em sua estação de destino, sem, no entanto, poder descer de seu vagão, cuja porta não se abre), mudar de vagão, e retornar na direção do aeroporto.
- O pior acontece quando alguém não presta atenção às instruções, e acaba entrando no vagão errado. Isto ocorreu hoje: Uma família estava em Sandton, e queria ir de trem a Rhodesfield. No entanto, embarcaram num vagão da frente (expresso ao aeroporto). Ao passarem por Rhodesfield, notaram que as portas do vagão não se abriram... tiveram que ir até o aeroporto. Lá, perceberam que não poderiam trocar de vagão – os vagões dos passageiros que vão a Rhodesfield não têm acesso à plataforma do aeroporto! Tiveram, portanto, que permanecer no vagão em que estavam, e retornar a Sandton. Só então puderam trocar de vagão, e voltar na direção do aeroporto, descendo na estação de Rhodesfield. Portanto, em vez de uma viagem de uns 10min, por causa de um engano na escolha do vagão, levaram quase uma hora!

Fiquei pensando qual seria o motivo para esse funcionamento... Perguntei aos funcionários do Gautrein – e ninguém soube (ou quis) me explicar. É assim, e ponto final!
Desconfio que seja para separar turistas e trabalhadores... Há dois perfis principais dos possíveis usuários do trem: o turista que se hospeda em Sandton; e aquele que lá trabalha, mas mora perto de Marlboro ou de Rhodesfield. No caso do turista, ele só se utiliza mesmo das estações terminais (Sandton e aeroporto), não tendo necessidade de subir ou descer nas intermediárias. Já o trabalhador não se utiliza da estação do aeroporto – também para ele, o sistema é bastante satisfatório – a passagem, inclusive, é bem mais barata! É muito raro que alguém queira ir do aeroporto para Marlboro ou para Rhodesfield, e vice-versa. Portanto, o sistema atende bem a necessidade de quem tem um desses dois perfis mais comuns... e eles não se misturam!!! Os turistas se utilizam dos vagões dianteiros, os trabalhadores viajam nos vagões traseiros!
Por que essa separação??? Sempre que me informei sobre os trens urbanos, aqui em Johanesburgo ou na Cidade do Cabo, fui fortemente desaconselhado a utilizá-los. Disseram-me que os trens eram mal freqüentados e perigosos. Suponho que seja esse o motivo – pelos menos neste início de operação: manter um “trem de turistas” e um “trem de trabalhadores”, sem misturar seus passageiros nos vagões...
Seria isso uma espécie de “apartheid” disfarçado??? Espero estar enganado nesta minha conclusão...

estação do Gautrein no aeroporto de Johanesburgo - plataforma curta, apenas para os 2 vagões da frente!

12/7 - Euforia ou alívio???

casa do Soummo, Sandton, Johanesburgo, 23h30
tempo: sol, céu azul, agora frio
bicicleta: km525, pneus furados: 2
fitinhas (número estimado e acumulado): 300
jogos presenciados no estádio: 10

Fui dar uma volta no Shopping SandtonCity, e encontrar com o Alessandro e o Beto, do Ministério do Turismo, para um lanche de despedida – eles embarcam amanhã.
O shopping até que estava bastante movimentado – muitos turistas, dentre eles, vários brasileiros, ali estavam fazendo suas últimas compras.
Em lojas de artigos esportivos, notei que havia muita coisa do Brasil. Alguns vendedores explicaram que tinham em estoque muitos produtos do Brasil – muito mais do que de outros países – e que as vendas não atingiram o que se esperava. Em compensação, venderam tudo da Espanha – de fato, no fim da tarde não encontrei nenhuma camiseta espanhola à venda.

África do Sul – a grande campeã!

Em diversas cartas e colunas publicadas em jornais, o tema é este: dentro de campo, ganhou a Espanha; fora, a grande campeã foi a África do Sul!
Dá para perceber a euforia – talvez o melhor termo fosse “alívio” – de muita gente, pelo sucesso que os organizadores da Copa de 2010 acabaram conseguindo. Havia, por parte de muitos, o grande temor que muita coisa desse errado: estádios não concluídos a tempo, falhas nos transportes, problemas com a segurança das delegações e dos turistas... A certa altura, temeu-se até que a FIFA aplicasse seu “plano B”, transferindo o Mundial para a Austrália.
Mas o resultado final foi acima do esperado. Ao que parece, o presidente da FIFA, Joseph Blatter, acabou dando nota 9 para a organização da Copa – o que deixou a maioria dos sul-africanos bastante satisfeitos.
Eles, agora, já falam em se lançar candidatos para sediarem os Jogos Olímpicos de 2020!!!

11/7 – Viva La Furia Roja!!! (com 12º. desafio)

casa do Soummo, Sandton, Johanesburgo , 23h30
tempo: sol, céu azul, agora agradável
bicicleta: km520, pneus furados: 2
fitinhas (número estimado e acumulado): 300
jogos presenciados no estádio: 10

Holanda 0 x 1 Espanha

Acabou! Fim de festa!
Espanha campeã! E acho que foi justo!
Não foi uma Copa de grande nível técnico – refletida por uma final sofrível, cheia de faltas e cartões – salvou-se apenas a prorrogação!
A Espanha foi, das 32, a equipe mais regular, a mais efetiva. Jogou o suficiente para vencer. Mesmo no jogo em que perdeu, contra a Suíça, mostrou superioridade. Sua principal estrela – ou, talvez, principal esperança – Fernando Torres – não luziu, ficou apagada – e mesmo assim, não faltaram gols, que surgiram sempre na hora certa!
O seleto grupo dos campeões mundiais ganhou um novo membro! Era G7 – agora é G8!

foi aqui que o pneu furou, no dia da abertura da Copa

imprevista passagem pela torre de TV, um dos mais altos pontos de Johanesburgo

o aprazível Jardim Botânico

animadas participantes da cerimônia de encerramento

SoccerCity - apelidado de "Calabash" (ver desafio) - em dia de final de Copa do Mundo!

antes da final, sozinha no ônibus

Passeio ciclístico

Aproveitei o domingão de sol para fazer um passeio de bicicleta pelas ruas de Johanesburgo. Com a ajuda do guia de ruas da cidade, fiz um roteiro por lugares turísticos interessantes, pelos quais ainda não tinha passado, na direção do estádio SoccerCity – como saí meio tarde (depois da 1h), resolvi ir sem grandes pretensões...
Passei pela áreas comerciais de Rosebank e Parkhurst, pelo Jardim Botânico, pelos restaurantes de Melville, pela sede da TV estatal SABC...
Só não esperava que o caminho que escolhi passasse por um morro, no alto do qual fica uma torre de TV – infelizmente, o guia de ruas não mostra o relevo!
Chegando perto do estádio, passei pelo Super Jumbo – o hipermercado em frente ao local onde, no dia do primeiro jogo, há exatos 31 dias, tive um furo no pneu – responsável por eu ter perdido a cerimônia de abertura... Senti um friozinho na barriga – mas, ao mesmo tempo, tive uma sensação de vingança, por ter superado aquela adversidade!

Dia de final de Copa

Cheguei ao SoccerCity pouco depois das 4h, e fiquei vendo as torcidas chegarem até o sol se pôr. Meu sentimento de ontem se confirmou – Espanha e Holanda não conseguiram proporcionar o clima que a final teria, caso nela estivesse uma seleção africana, ou o Brasil – ou, talvez, a Inglaterra ou a Argentina.
A maior demonstração de empolgação que testemunhei foi a do grupo de jovens que iria participar da cerimônia de encerramento – cada um vestia uma roupa alusiva a um país participante. Já meio esquecidas, duas fitinhas foram dadas a dois jovens representando o Brasil.

Volta do estádio

Tinha uma esperançazinha de conseguir um ingresso barato... meu limite seria uns R$250,00 – a dificuldade de alguns brasileiros, dispostos a pagar até R$1.000,00, convenceu-me de que minha esperança não se concretizaria, e eu logo “desencanei”.
Estava disposto – embora um pouco faminto, e com receio do escuro e do frio – a pedalar os 25km do estádio até Sandton – mas tentei arriscar uma volta de trem até o centro da cidade, de onde poderia tentar pegar uma lotação. Na estação, fui informado de os trens não estavam voltando mais, embora ainda faltassem quase 3h para o jogo – ficariam estacionados à espera do fim da partida.
Tentei os ônibus... sim, eles ainda estavam voltando, e vazios – poderiam levar a bicicleta!
Viemos só nós dois – a bicicleta e eu, além do motorista – num ônibus até o centro, onde tomamos outro, até Sandton – desta vez, acompanhados pelo Wilson, assessor do governador do Paraná, responsável pelos preparativos da Copa de 2014 naquele estado.
Em pouco mais de 1h, já estava de volta à casa do Soummo, a tempo de tomar um banho e me preparar para torcer para a seleção do país dos meus avós paternos!
Viva La Furia Roja!!!

DESAFIO 12

O estádio SoccerCity tem, aqui na África do Sul, o apelido de “Calabash”. Por quê?

10/7 – Uruguaio por um dia (com 11º. desafio)

casa do Soummo, Sandton, Johanesburgo , 23h00
tempo: sol, céu azul, agora agradável
bicicleta: km490, pneus furados: 2
fitinhas (número estimado e acumulado): 300
jogos presenciados no estádio: 10

Uruguai 2 x 3 Alemanha

Só falta um dia para a Copa acabar... e já começo a sentir saudades...
Que só não são maiores do que a frustração de não poder ver o Brasil brigando pelo hexa!
Frustração que aumentou ainda mais com a derrota do Uruguai para a Alemanha. O lado bom foi que o alemão Klose, contundido, não jogou – e, portanto, não bateu o recorde do Ronalducho!
Johanesburgo está cheia de gente – mas não se vê, nas ruas, aquela alegre expectativa que certamente haveria caso a África do Sul, ou qualquer país africano – ou o Brasil! – estivesse na final.

Bravo Uruguai

Que pena que o Uruguai não conseguiu, ao menos, o terceiro lugar! Que pena que aquele último chute do Forlán, na trave, não entrou! – teria sido um empate heróico, que provocaria uma prorrogação emocionante – além de fazer justiça ao grande jogador deste Mundial, que poderia se tornar o artilheiro da competição!
O pequenino Uruguai – com uma população que não chega a 4 milhões de pessoas – mostrou uma brava equipe, que “jogou de visitante” – com praticamente toda a torcida contra – na maioria de seus jogos – exceto, talvez, o primeiro, contra a França! Senão vejamos:
segundo jogo: contra a África do Sul – sem comentários!
terceiro jogo: contra o México – Embora os sul-africanos dependessem de uma vitória do Uruguai por larga margem de gols para se classificarem, sua atenção estava toda no jogo dos Bafana Bafana contra a França. Por outro lado, o México foi o país que – depois dos Estados Unidos e da Inglaterra – deve ter trazido, pelo menos na primeira fase, o maior número de torcedores para cá!
quarto jogo: contra a Coréia do Sul – Assim como em 2006, na Alemanha, havia por aqui um bom número de sul-coreanos – fruto do efeito de ter sido sede recente de uma Copa. Aposto que teremos no Brasil, em 2014, um número surpreendente de sul-africanos!
quinto jogo: contra Gana – Último remanescente da África na Copa, Gana aglutinou todos os torcedores do continente – o time passou a ser chamado de “BaGhana BaGhana”!
sexto jogo: conta a Holanda – A torcida holandesa tem sido bem numerosa, ainda mais sendo reforçada pelos descendentes de holandeses que por aqui vivem – no jogo do Brasil, a proporção era de quase 2 torcedores da Holanda para cada torcedor do Brasil!
sétimo jogo: contra a Alemanha – Favorita ao título depois de sua grande vitória sobre a Argentina, a jovem seleção alemã conquistou muitos admiradores por aqui. Além disso, ninguém esqueceu que foi o Uruguai o responsável pelas eliminações da África do Sul e de Gana.
Tomara que o Uruguai se classifique para a Copa no Brasil, e repita a boa campanha que fez neste ano!

Vaias

Com depoimentos no rádio, artigos no jornal e vaias nas arquibancadas, os sul-africanos continuam manifestando sua indignação contra o atacante uruguaio Suarez, pelo lance em que evitou – com a mão – um gol de Gana em cima da linha, no último minuto da prorrogação do jogo válido pelas quartas-de-final. O pessoal aqui – na grande maioria, torcendo para Gana – achou que isso foi uma “falcatrua”, uma demonstração de falta de “fair play”, que deveria ter sido muito mais rigorosamente punida.
O que eles queriam??? Que o juiz tivesse dado o gol???
Ao que parece, no rúgbi – o esporte predominante entre os brancos – se o árbitro interpreta que uma infração foi cometida por um defensor para impedir deliberadamente um “try” (o “gol do rúgbi”) iminente, ele concede os pontos à equipe atacante. Mas isso não existe no futebol!
No jogo Uruguai x Gana, o árbitro aplicou corretamente a regra: expulsou o Suarez, e deu o pênalti! E acho que a punição ao atacante foi justa – uma partida de suspensão!

DESAFIO 11

Em seu blog, o jornalista Juca Kfouri chamou os uruguaios de “orientais” – e, ante a surpresa de um leitor, teve que explicar que os uruguaios são assim chamados porque o nome oficial do país é “República Oriental del Uruguay”. O que o Juca não explicou foi a razão desse nome... Esse é o desafio: explicar a razão do nome do melhor país sul-americano da Copa de 2010 (que, antes, já se chamou “Banda Oriental del Uruguay”).

9/7 - Pop stars!

auditório “Coca Cola Dome”, Johanesburgo , 23h00
tempo: sol, céu azul, agora agradável
bicicleta: km490, pneus furados: 2
fitinhas (número estimado e acumulado): 300
jogos presenciados no estádio: 10

hoje não teve jogo!

Hoje o dia foi marcado pelos shows de dois “pop stars” de renome mundial: Andrea Bocelli, que se apresentou para umas 12 mil pessoas, aqui no Coca Cola Dome, e Lula da Silva, que fez seu show para umas 500 pessoas que lotaram um dos salões do Centro de Convenções de Sandton!

Pop star da música

Pop star do humor

Bocelli

Diante de uma platéia de mais de 12 mil pessoas – dentre as quais diversos VIPs, como Soummo Mukherjee e Sérgio Paz – o grande tenor italiano Andrea Bocelli fez um lindo show de encerramento da Copa do Mundo. O cantor apresentou alguns sucessos de seu consagrado repertório, como “Con te partirò”, “O sole mio”, “La donna è mobile”, “Nessun dorma”, “Granada” – será que ele está torcendo para a Espanha? – e “Funiculi funicula”. Como convidados, se apresentaram o cantor canadense Bryan Adams (que interpretou seu sucesso “Everything I do”) e as cantoras líricas sul-africanas Nianell e Pretty Yende, além do Coral Jovem Nzanzi, de Soweto. O show foi patrocinado por uma entidade que luta pelo combate à malária na África.
Num raro momento de descontraída conversa com a platéia, Bocelli lamentou a ausência da seleção italiana na final de domingo.
Ainda bem que ele não viu o desastre que foi a participação da Itália nesta Copa!

Coca Cola Dome

O show do Andrea Bocelli foi realizado no Coca Cola Dome, um amplo auditório em forma de concha, localizado próximo ao shopping “North Gate”, com capacidade para mais de 12 mil pessoas... que tem o óbvio patrocínio da poderosa fabricante de bebidas.
Apesar de bastante amplo, o estacionamento não foi suficiente para abrigar os carros de todos – muitos acabaram estacionando sobre as calçadas das ruas próximas, atraindo os onipresentes “flanelinhas”!

Paramount

Não vejo com muita simpatia essa história de se dar o nome de uma empresa comercial a uma casa de espetáculos – ainda mais se ela já era conhecida por outro nome. Recuso-me, por exemplo, a aceitar que o tradicionalíssimo Teatro Paramount, na Brigadeiro Luís Antônio, em São Paulo, seja chamado de Teatro Abril – quando muito, aceito “Paramount-Abril”! Reconheço, porém, que a iniciativa de se criarem espaços como o Coca Cola Dome deve ser incentivada nas cidades brasileiras – talvez alguma empresa pudesse assumir a administração do nosso Ginásio do Ibirapuera, tão carente de uma profunda reforma!!!

“Stand up comedy”

Está super na moda, hoje, aí em São Paulo, a “stand up comedy” – ao estilo do famoso humorista americano Seinfeld – a ponto de a Vejinha e caderno de fim de semana do Estadão terem criado uma seção exclusiva para espetáculos de humor.
Pois foi mais ou menos um show desse gênero que deu nosso presidente Lula, aqui no Centro de Convenções de Sandton, ao fazer o lançamento da campanha “O Brasil está te chamando”, para a divulgação do Brasil, patrocinada pelo Ministério do Turismo, ao qual estiveram presentes diversos veículos da imprensa internacional – principalmente da brasileira – e convidados do setor turístico.
Goste-se ou não de sua política governista, é inegável que o presidente Lula é uma figura carismática, que sabe entreter uma platéia. Falando de improviso, ele arrancou gargalhadas e aplausos ao destacar a diversidade da cultura brasileira, e mostrou-se otimista em relação aos grandes eventos esportivos que o Brasil irá sediar a partir do ano que vem.
Mais detalhes em
http://www.copa2014.turismo.gov.br/copa/noticias/todas_noticias/detalhe/20100709_02.html